Exemplos de
revitalização

Requalificar áreas urbanas e torná-las inclusivas, beneficiando todas as camadas da população, é um desafio cada vez mais presente em várias partes do mundo e inspira o projeto Janela Aberta. São exemplos bem sucedidos, que podem ser adaptados à realidade de Belo Horizonte.

Reimagining the civic commons

Na Filadélfia, no estado da Pensilvânia, o movimento “Reimagining the civic commons”, iniciado há quatro anos, tem como principal preocupação evitar a gentrificação dos espaços restaurados. O conceito parte da premissa que equipamentos públicos requalificados sejam usados pelas mais distintas classes sociais, deixando de ser privilégio de quem tem maior poder aquisitivo.

E como fazer que praças, parques, bibliotecas e áreas verdes, entre outros exemplos, se tornem espaços de convivência democráticos? Uma das formas encontradas para assegurar que os segmentos mais humildes da população se beneficiem das melhorias implementadas nos bairros é incentivar a comunidade a acompanhar e se envolver com as obras. Isso permite que os moradores dessas regiões tornem-se responsáveis pela proteção e administração desses projetos.

Este é um conceito que o Janela Aberta disponibiliza para a discussão, em função dos bons resultados obtidos pelo “Reimagining the civic commons“, que já conseguiu requalificar cinco espaços urbanos. Um deles é um lago artificial que ficou fechado por anos e que está sendo transformado em um Discovery Center. Programas de formação de lideranças e voltados para o meio ambiente são oferecidos a jovens de toda a cidade.

Iniciativas semelhantes estão em curso nos estados de Michigan, Tennessee, Illinois e Ohio. Em Memphis, por exemplo, uma grande área no centro da cidade, às margens do Rio Mississippi, está sendo transformada em local de convivência. Aos sábados, enquanto as obras prosseguem, atividades de esporte e lazer contribuem para a integração social e racial dos moradores.